A Prefeitura Municipal de Campina Grande (PMCG) anunciou que as aulas da rede pública municipal voltam nesta segunda-feira (22). As aulas iniciarão no modelo de ensino remoto, avançando progressivamente para o ensino híbrido, que contempla as estratégias de ensino presencial e remoto, simultaneamente.

Porém, o Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e Borborema (Sintab) decidiu em assembleia na última quinta-feira (18) por manter a greve iniciada no dia 1º de fevereiro, o que pode inviabilizar o retorno às aulas.

A modalidade de retorno foi definida através do decreto nº 4.552, de 11 de fevereiro de 2021, publicado pelo prefeito Bruno Cunha Lima. Segundo a PMCG, mais de 35 mil estudantes iniciarão o sistema Continuum curricular, que compreende a integração entre os anos letivos de 2020 e 2021. Cerca de 196 horas de atividades referentes ao ano de 2020 serão concluídas nas atividades de contraturno.

As aulas acontecerão através da plataforma do Google Classroom (Google Sala de Aula), com suporte através do WhatsApp. Os estudantes que não possuem acesso à internet serão atendidos através de atividades impressas e o uso dos livros didáticos.

Greve mantida

No entanto, as aulas correm o risco de não acontecer porque o Sintab resolveu manter a greve deflagrada no início do mês. De acordo com nota divulgada pelo sindicato, “a categoria reforçou a deliberação de que as aulas presenciais só serão retomadas quando houver vacinação em massa da população, incluindo todos os trabalhadores da educação e de que as aulas remotas só acontecerão se forem oferecidas as condições ideais para tanto”.

Os servidores alegam condições precárias para o ensino remoto e presencial, além da falta do pagamento do 14º salário da educação, descumprimento das progressões de carreira para professores e falta de Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) para os demais servidores, além de atrasos na recarga do cartão de vale-transporte.

O presidente do Sintab, Giovanni Freire, ainda disse que há falta de funcionários além dos efetivos e que alguns profissionais contratados pela PMCG ainda não foram efetivados, o que torna inviável o retorno das aulas neste momento.

Portal Correio

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