Muita gente parece ter esquecido, mas ainda estamos em plena pandemia do coronavírus. O último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado mostra que quase 3,2 mil paraibanos morreram vítimas da Covid-19 e já contabilizamos 134.837 casos da doença. Mas nos dados divulgados ontem, um outro item chamou atenção: a taxa de ocupação de leitos de UTI.

No Estado, 33% das vagas estão ocupadas. Na região de João Pessoa, 38%. No Sertão, onde comícios, carreatas e passeatas têm sido vistos com frequência nas últimas semanas – embora proibidos – esse índice é de 59%.

Já em Campina, o índice de ocupação de UTI é de 14%. O número é, felizmente, impressionante. A cidade tem hoje 89 leitos públicos para atender pacientes com a doença. Deles, 13 estão ocupados.

E é necessário reconhecer. O cenário não é fruto do acaso. Campina não é uma ‘bolha’ diante da proliferação e das complicações provocadas pelo vírus. O oxigênio da cidade não é diferente. Os riscos e atenuantes, aqui, também existem. Os bons índices se devem, em boa medida, às ações preventivas, de conscientização e aos investimentos feitos pelo poder público.

Registrei aqui, meses atrás, o empenho da gestão municipal no combate à pandemia. Não foram poucas as vezes em que o secretário de Saúde, Filipe Reul, e o próprio prefeito, Romero Rodrigues, foram vistos nas ruas e nos corredores dos hospitais, coordenando pessoalmente as ações de combate.

Os gestos, claro, certamente tiveram uma simbologia imediata junto aos demais servidores da saúde: todos deveriam colocar a ‘mão na massa’ contra a doença. E os resultados, talvez, estão sendo observados agora: a ocupação de leitos de UTI aqui é menos da metade da registrada no Estado.

Jornal da Paraíba

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.