Em pouco mais de nove horas, mais de 3,5 milhões de chaves foram cadastradas no Pix, o novo sistema de pagamentos instantâneos operado pelo Banco Central (BC)

As primeiras operações do Pix, novo sistema instantâneo de pagamentos criado pelo Banco Central, começam nesta terça (3) e, por enquanto, serão restritas a clientes selecionados pelas instituições financeiras. Enquanto a novidade não chega para todo mundo, é importante entender como o sistema vai funcionar e ficar atento para a possibilidade de surgimento de novas modalidades de golpes financeiros. De acordo com o Procon de João Pessoa, algumas fraudes já ocorreram durante o cadastramento da chave que dá acesso ao Pix.

“O consumidor deve ter certeza de que está na plataforma oficial do banco ou da financeira com a qual deseja realizar o cadastramento da chave. As instituições financeiras não pedem senhas ou código de validação da transação fora de seus canais oficiais digitais”, alerta o Procon-JP.

Ainda conforme o serviço de Proteção e Defesa do Consumidor, é preciso atenção às mensagens de texto, e-mail e mensagens enviadas via WhatsApp que são parecidas com as dos bancos e instituições financeiras, utilizadas pelo consumidor. O Procon indica que clientes de bancos não cliquem em links antes de checar a origem das mensagens, principalmente links curtos. Outra atenção é quanto a fornecer senhas fora do aplicativo ou site oficial do banco. Isso também vale para o contato telefônico.

“Em circunstância nenhuma o consumidor deve compartilhar código de verificação, seja por mensagem recebida via WhatsApp, e-mail ou por mensagens de texto no celular. Outra medida de segurança é quanto a verificação do número de onde veio a mensagem, principalmente se for de um número desconhecido ou privado. Outra dica é quanto a checar se o remetente tem o mesmo endereço oficial do banco. Também desconfie de promoções muito ‘generosas’ e, nesse caso, o melhor é desconsiderá-la completamente”, reforça o Procon-JP.

Sites falsos

De acordo com o Procon-JP, com base em dados de empresas de segurança digital, já foram detectados no Brasil mais de 60 sites falsos que usam técnicas conhecidas para o roubo de informações, a exemplo de usar uma isca, nesse caso o Pix, para que o consumidor repasse seus dados pessoais. Isso pode ocorrer com promoções muito vantajosas e cadastro falso.

“A única forma de evitar ser vítima de golpes é apenas utilizar as plataformas do banco ou da financeira mesmo que tenha recebido mensagem através de e-mail, SMS ou WhatsApp da instituição financeira. Quando abrir o site oficial, observe os procedimentos de cadastramento e siga as instruções ao pé da letra”, crava o Procon-JP.

Em caso de dúvidas, o consumidor pode entrar em contato com o Procon-JP pelo telefone 0800-083-2015 ou pelo e-mail procon@joãopessoa.pb.gov.br.

Como funciona o Pix

O novo sistema de pagamentos e transferências instantâneas é gratuito para pessoas físicas e permite um acesso mais simples que os serviços existentes até agora, podendo ser acessado sem restrições e em qualquer dia e hora da semana, com as transações compensadas instantaneamente. As transações podem ser feitas por meio de aplicativos de bancos e de pagamentos para telefone celular ou pelo internet banking em computadores.

Desde o último dia 5 de outubro que os bancos estão cadastrando chaves de acesso a uma conta bancária para quem vai utilizar o Pix. Podem ser usados como chaves o CPF, CNPJ, o número do celular, e-mail ou um código com 32 dígitos gerados especificamente para o Pix, o EVP, que permite receber pagamentos sem informar nenhum dado pessoal, possibilitando, ainda, a geração de códigos de barra do tipo QR Code, que podem ser lidos por câmeras de celular para efetuar o pagamento.

Portal Correio

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