O padre José Gilmar, da Paróquia de Santa Terezinha, situada no bairro do Roger, em João Pessoa, mentiu sobre o desaparecimento que durou três dias. Segundo a Polícia Civil nesta segunda-feira (26), o padre disse que forjou o desaparecimento porque pretendia cometer suicídio após ser vítima de uma extorsão.

José Gilmar desapareceu no dia 13 de outubro e foi achado três dias depois. Ele chegou a enviar uma mensagem de socorro pelo celular para outras pessoas, mas isso também teria sido forjado, e depois que foi encontrado, prestou depoimento afirmando que tinha sido vítima de um sequestro.

Conforme a polícia, não havia evidências do sequestro, mas os delegados abriram mais tempo para seguir com as apurações até constatar que se tratou de uma farsa. O padre foi ao Litoral Sul da Paraíba e tentou se matar afogado na praia, mas como não conseguiu, voltou para o carro e ficou orando no veículo, sozinho, por dois dias, até ser achado.

A polícia ainda investiga essa nova versão confessada e, em novo inquérito, apura também as informações de que ele teria sido vítima de uma extorsão. O inquérito sobre o desaparecimento foi encerrado.

A Polícia Civil disse nesta segunda-feira (26) que o padre será indiciado por falsa comunicação de crime. Conforme o artigo 340 do Código Penal, “provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado” pode causar prisão de um a seis meses ou pagamento de multa.

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