O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Comissão de Combate aos Crimes de Responsabilidade e à Improbidade Administrativa (CCRIMP), do Ministério Público, e a Polícia Militar, desencadearam na manhã desta sexta-feira (14), a operação Rent a Car, que teve como principal alvo, o prefeito Alecsandro Bezerra dos Santos, conhecido como Sandro Moco (PSDB). O prefeito chegou a ser preso em flagrante durante a operação por possuir uma arma sem registro, e foi conduzido para 14º DSPC de Monteiro, e foi liberado após pagar uma fiança de cerca de R$ 14 mil, respondendo o processo em liberdade.

A Operação tem alicerce em uma ação penal movida pelo MPPB contra o prefeito de Camalaú, Alecsandro Bezerra dos Santos, e outras pessoas envolvidas, que são suspeitas de planejar e executar um esquema voltado para desviar recursos públicos do município, processado após prévia emissão de documentos falsos e locação fraudulenta de veículos do prefeito, sendo uma caminhonete e um caminhão, registrados em nome de “laranjas”.

O prefeito Sandro Môco foi afastado do cargo, e de acordo com a decisão de afastamento prolatada pelo Desembargador do TJPB, Arnóbio Alves Teodósio, relator da ação, a investigação apontou que os contratos fraudulentos causaram um dano material no valor de R$ 314.690,62, aos cofres públicos de Camalaú, decorrente dos atos criminosos imputados aos reús. Confira a decisão AQUI.

Segundo apurado, desde o início da gestão do atual prefeito, 2017, os veículos NISSAN FRONTIER e caminhão Mercedes Benz são sistematicamente locados ao município de Camalaú, após prévio direcionamento de processos de licitação, especialmente modelados para tal finalidade.

A caminhonete foi adquirida junto a uma concessionária de Caruaru em março de 2017, pelo valor de R$ 165 mil, destes R$ 110 mil foram pagos por meio de transferência bancária de conta titularizada pelo próprio prefeito. Em contrapartida, o município de Camalaú já pagou, pelo menos, R$ 140.902,00 pelos contratos de locação. De acordo cm o MPPB, a caminhonete era vinculada ao gabinete do prefeito, que usava o veículo, ainda arcando com os custos da locação.

Quanto ao caminhão, a investigação identificou que ele foi adquirido por R$ 24 mil enquanto o município de Camalaú já arcou com R$ 166.404,00, pelos três anos de locação.

Por fim, a investigação registrou um desvio de recursos públicos na aquisição de peças mecânicas direcionadas a um caminhão, com as mesmas características do veículo do prefeito de Camalaú (não integrante da frota municipal de veículos), no valor de R$ 7.384,62.

O Prefeito afastado Sandro Môco afirmou que está sendo sendo vítima de um grande erro jurídico. O vice-prefeito Ezequiel Sosténes, será empossado no cargo de prefeito na próxima segunda-feira (17).

Fonte: Vitrine do Cariri

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